Fluxo
piroclástico: entenda o fenômeno que tornou mortífera a erupção de vulcão na
Guatemala
Vulcão
de Fogo lançou uma mistura de gás quente com cinzas e fragmentos de rocha.
Dezenas acabaram morrendo.
Por G1
06/06/2018 01h00 Atualizado há 14 horas
foram vítimas de um fenômeno chamado FLUXO PIROCLÁSTICO,
que
acrescenta um efeito devastador às erupções vulcânicas.
Recentemente, um esqueleto
fossilizado foi descoberto na Itália. Um homem que
possivelmente tentava
escapar da erupção do Monte Vesúvio no ano 79 d.C., mas
acabou atingido por uma pedra. Na época, a atividade do vulcão acabou matando
muitos moradores, mas não devido à lava: uma forte nuvem de gás quente e
fragmentos de pedra atingiu a
cidade. O fluxo piroclástico se formou na tragédia
que destruiu Pompeia, e ocorreu também
no caso guatemalteco. Em entrevista à
a erupção deste domingo (3) na Guatemala foi uma das
mais violentas em décadas.
"No Vulcão de Fogo, a devastação
principal ocorreu devido aos fluxos piroclásticos",
disse à revista.
"É muito diferente de um fluxo
de lava. Os FLUXOS PIROCLÁSTICOS são
uma mistura de gás quente com
matéria vulcânica, cinzas e fragmentos de rocha.
São incrivelmente quentes e podem ser arremessados mais rápido que um carro em
movimento, em alguns casos".
De acordo com Mather, o vulcão da
Guatemala apresentou uma atividade diferente
com fissuras que expeliam lava.
A "rocha líquida", segundo
o pesquisador, se move mais devagar e garante que as
cidades sejam evacuadas.
Por isso, os Estados Unidos conseguiram retirar 1,7 mil
pessoas de suas casas antes que fossem atingidas.
Na Guatemala há um risco adicional
nestes dias após a erupção: se chover muito,
o material vulcânico pode formar
perigosas avalanches de lama, conhecidas como
lahar.
O número de desaparecidos devido à
erupção do Vulcão do Fogo ainda não foi
fechado.
Por enquanto, as equipes de
resgate seguem as buscas na região e pelo menos 69
pessoas foram mortas – 17
vítimas foram identificadas.
"Vamos seguir até encontrarmos a
última vítima, embora não saibamos o número
de vítimas.
Vamos revisar a região
quantas vezes for necessário", afirmou o diretor da
Coordenadoria para a
Redução de Desastres (Conred), Sergio Cabañas.
No domingo, o Vulcão de Fogo, que
fica a 3.763 metros de altura, situado a cerca
tiveram que deixar suas casas e 1,7 milhão de pessoas foram afetadas. Os
departamentos de Sacatepéquez, Chimaltenango e Escuintla foram os mais
atingidos.
O Instituto de Sismologia
guatemalteco anunciou que o vulcão está voltando à
atividade normal, mas
advertiu que as ravinas de até 80 metros de profundidade
(espécie de sulco provocado por erosão) estão cheias de matéria vulcânica. Por isso,
não se
exclui a ocorrência de uma nova erupção, de acordo com a Deutsche Welle.
A cinza lançada pelo monte atingiu os
10.000 metros de altura acima do nível do mar
e cobriu várias cidades. As
imagens exibidas na televisão e divulgadas nas redes
sociais mostram corpos no chão, assim como veículos e casas destruídos pela erupção.
A erupção r egistrada neste domingo foi a
mais violenta e letal do Vulcão de Fogo,
na Guatemala, desde 1902: ao menos
25 pessoas morreram
( Foto: AFP/Getty Images)
Resgatistas procuram por sobreviventes ou
mortos na localidade de San Miguel Los Lotes,
na Guatemala, após a erupção do Vulcão de
fogo (Foto: Reuters/Luis Echeverria )
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